sábado, 25 de setembro de 2021

O sentimento individual em relação ao ativismo político.

Júlio Bueno

Tenho notado em postagens de pessoas de várias orientações ideológicas no Facebook, normalmente jovens de 18 a vinte e poucos anos, que por simpatizarem por uma ou outra ideia de uma determinada doutrina política, acabam comprando o lote todo de teses defendidas por esses grupos políticos. Vejamos um exemplo: ao defender o regime liberal para a economia, chega-se por um caminho ou outro a conclusões tais como "o capitalismo apoia a maconha" ou "eu sou proprietário do meu corpo, logo faço o que quiser com ele, sem nenhuma restrição". Do liberalismo econômico ao histerismo caótico é um pulo para muitos. Doença infantil?

Nós separatistas temos que começar a olhar as coisas de uma maneira mais ampla e ao mesmo tempo mais sistemática.

O que leva a essa juventude, relativamente politizada, a abraçar uma série de teses, sendo que inicialmente era apenas um o foco de seu interesse, fosse o econômico ou moral? Eu ameaço a propor uma hipótese: mero sentimento grupal.

Segundo João Camilo de Oliveira Torres, historiador mineiro já falecido e esquecido sistematicamente pelos professores universitários, toda a doutrina política carrega junto a si uma carga ideológica. Essa carga ideológica é o dogma, a quase afetividade em relação ao conjunto de ideias propugnada pela tal doutrina política, ou, em última instância, um histerismo repetitivo, com fins de auto convencimento.

Essa carga ideológica será, via de regra, predominante entre aqueles indivíduos amplamente carentes de uma maior participação em grupos sociais diversos, logo, se há um grupo que partilhe de pelos menos uma ideia social, política ou econômica igual a sua esse indivíduo, por um espírito quase que de massa, acaba se incorporando, ainda mais quando esse grupo propõe uma solução geral para os problemas da sociedade: acabar com os problemas na economia, com a má distribuição de renda, com os problemas na saúde e educação, com a opressão - seja do empresário patrão ou do governo mandão, enfim, as soluções defendidas podem ajudar e muito na auto fabricação de ideologia afetiva.




Ora, não podemos é perder o trem, mesmo que o peguemos apenas pela rabeira e pouco a pouco caminhemos por dentro rumo a locomotiva. O separatismo embora não seja em si uma doutrina política, pois é apenas um elemento que pode estar ou não dentro de uma doutrina política, pode sim ser revestido de uma carga ideológica, ou seja, afetiva, capaz de manter sempre viva na mente de nossos militantes essa ideia, ao ponto de no momento em que lhe perguntarem "qual é a sua ideologia" nosso camarada responda com plena convicção: "sou separatista!".

Publicado originalmente em 19/07/2013

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