sábado, 25 de dezembro de 2021

São Paulo pede secessão!

10/01/2018

JÚLIO BUENO


Lemos alhures o comentário de uma pessoa criticando, dizendo de maneira sarcástica, que não haveria corrupção em São Paulo. Vamos lá compreender como a causa Paulista entende o tema da corrupção e também da má gestão dos recursos públicos.

Por que todo cidadão honesto e cansado do estado de coisas que o Brasil nos abriga a passar deve apoiar a secessão? Simples, por que a estrutura política e social do Brasil é entranhada ao máximo com a corrupção de todos os tipos e com os desmandos de poder. É como o corpo de um doente de enfermidade incurável em estágio terminal, onde mantê-lo respirando por aparelhos é apenas o prolongar da dor e do sofrimento.

A secessão dará a São Paulo a chance de resolver os seus problemas, problemas esses que a estrutura do Brasil não permite hoje que resolvamos. Com a independência, leis rígidas poderão ser usadas contra políticos ladrões para coloca-los na cadeia. Após a separação, instrumentos de governança e gestão pública mais modernos poderão ser aplicados, de maneira descentralizada, melhorando o uso dos recursos públicos e sanando as finanças e gastos do estado.

É claro que em São Paulo temos os nossos ladrões, os nossos políticos canalhas, e não são poucos, ressalte-se, mas enquanto estivermos amarrados ao Governo Federal e ao tipo de cultura e mentalidade brasileira, que privilegia o "jeitinho" em detrimento da aplicação do rigor da lei, permaneceremos sem uma solução. A única saída para melhorar os serviços públicos e para acabar com a corrupção é a secessão!

Questionamos: Brasília, pra que? Todos os estados podem muito bem progredirem sozinhos, sem que o Governo Federal exista.

São Paulo, é claro, é o estado mais prejudicado, de longe.

Ou rompemos com essa situação ou permaneceremos como escravos do Governo Federal.

Encontramos pelos diversos espaços onde se discute sobre o tema do separatismo o comentário de pessoas que pensam que a secessão é justa e é o melhor caminho a ser seguido, mas não conseguem vê-la como algo palpável. Para estes dizemos que a força motriz da história marcha de acordo com a ação dos indivíduos e dos povos, quando firmados em um ideal e nele permanecem inamovíveis.
Exemplos são vários para mostrar que a força de um povo pode ser capaz de quebrar a mais forte das correntes. A Índia, após anos de dominação do maior império da história moderna e contemporânea, a Grã Bretanha, conseguiu a sua independência. Os hebreus ficaram quase dois milênios longe da Terra Santa até que em 1948 fosse fundado o Estado de Israel. O apartheid e as leis de segregação racial foram a tônica em países avançados como os Estados Unidos, até os anos 1960 e na África do Sul, até os anos 1990. É a mudança de pensamento, o processo de conscientização, a força de um povo para lutar contra uma situação de injustiça que o faz forte e também vitorioso. Muitos falavam que nada disso mudaria, mas mudou.

A secessão é a saída, por que restabelece em São Paulo nada além do que a justiça. Não são as divisões de raça, classe social ou sexo que nos separam. Os nossos princípios anseiam tão somente pela liberdade e pela justiça. O separatismo é o caminho que nos levará a isso.

Desde a independência do Brasil o governo tem tentado diminuir a relevância das culturas tradicionais das regiões. Foi assim no período imperial e também durante a república. O maior inimigo das culturas estaduais foi, sem sombra de dúvidas, Getúlio Vargas. O caudilho fez de tudo para que, especialmente, o povo Paulista perdesse o seu orgulho e sua cultura. O trabalho do governo federal foi ardiloso, mas não conseguiu eliminar o sentimento de amor que os Paulistas possuem por sua terra. Esse amor não pode ser apagado! E ele nos conduz ao esclarecimento e à verdade: a verdade que somos apenas Paulistas e não brasileiros, e isto nos basta!

E ao contrário do que possam alguns pensar, não, o separatismo Paulista não se baseia nem se justifica apenas na abusiva cobrança de impostos. São Paulo e o Brasil se separam pela cultura. O abismo que existe é gigante. É uma terra que valoriza o trabalho, a ordem, o respeito a lei, a iniciativa individual e mútua, a família, as tradições, a ancestralidade contra um país que pisa sobre o seu povo, promove apenas a baixaria, a crença no governo todo poderoso que deve cuidar de tudo, um país de alienação e sem cultura própria, a não ser o lixo midiático que é empurrado dia a dia, goela abaixo, pelos meios de comunicação.
São Paulo pode e deve se separar para poder se voltar às suas tradições, cultura e valores. Basta dessa doença venérea chamada brasilidade. Ser Paulista é ser superior a toda essa espuma cultural brasileira.
Apoie a independência de São Paulo!

*O autor é professor de História e fundador do MSPI.

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